Intimidade Não é Falta De Respeito Nem Diminui o Valor do Outro!
- José Freitas
- há 5 dias
- 3 min de leitura
Atualizado: há 4 dias

Quando a Proximidade Cega: O Valor Que Só Se Vê de Longe
Sabe que esses dias me peguei pensando numa coisa que talvez você também já tenha sentido, mas nunca parou pra nomear…
Será que é a intimidade de estar próximo que leva a não considerar, não confiar ou até não levar em conta na totalidade esta ou aquela atitude... só porque a pessoa está ali, perto demais?
Fiquei com isso na cabeça. Porque, quanto mais penso, mais percebo como é comum diminuirmos o valor de quem está ao nosso lado, como se a proximidade automaticamente nos autorizasse a enxergar menos. Menos valor. Menos autoridade. Menos mérito.
E aí me veio aquele pensamento:
“Será que se essa mesma atitude viesse de alguém de fora, desconhecido, eu reagiria diferente? Talvez com mais respeito? Mais atenção? Mais credibilidade?”
É desconfortável pensar assim. Mas é necessário.
A intimidade revela falhas — mas isso não é defeito
Quando estamos perto de alguém, vemos suas imperfeições de perto também. E é aí que muitas vezes começa o erro: confundir intimidade com falta de valor. A pessoa erra, tropeça, muda de ideia… e, por estar perto, somos rápidos no julgamento, como se estivéssemos autorizados a desconsiderar todo o restante.
Mas a verdade é que ninguém sustenta uma imagem perfeita de perto. Nem precisa.
O excesso de convivência adormece a admiração
Quando algo está sempre disponível, a tendência é que a gente pare de notar.Não é ingratidão, necessariamente. É costume. E o costume, sem vigilância, torna o extraordinário invisível.
Quantas vezes só valorizamos alguém depois que se afasta?Ou só reconhecemos o que o outro fazia quando ele deixa de fazer?
Expectativas altas e julgamentos baixos
Com quem está perto, costumamos ser mais exigentes. Queremos que adivinhe, que entenda, que se comporte do jeito que “deveria”.
E quando faz algo fora desse script mental, o julgamento é duro. Mas quando vem de fora, a mesma atitude vira “iniciativa”, “ousadia” ou “visão”.
O mistério que falta na intimidade
A distância preserva o “mistério” — e o mistério, muitas vezes, mantém o encanto e o respeito. Já o íntimo, por estar exposto, perde a aura e passa a ser visto com os olhos do costume, não da admiração.
Reflexão com base em Provérbios:
“Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa.”(Marcos 6:4 — um princípio repetido também em Provérbios)
🔹 Provérbios 25:17
"Ponha raramente o pé na casa do seu próximo. Para que ele não se canse de você e passe a odiá-lo"
Esse provérbio fala da sabedoria no limite da convivência. Ele alerta para os perigos da familiaridade excessiva — que, mal administrada, pode levar ao desrespeito ou desprezo.
A relação com o título é direta: a intimidade mal compreendida pode sim gerar desconsideração, mas o erro está na falta de sabedoria de quem convive, não na intimidade em si.
Isso mostra que o reconhecimento muitas vezes vem de fora, e que os de perto tendem a ter dificuldade em enxergar plenamente o valor, por já estarem "acostumados" com a presença, ou por projetarem suas próprias limitações no outro.
Minha momentânea conclusão:
Sim, a intimidade pode sim levar a não considerar totalmente a atitude de alguém — não por maldade, mas por distorções humanas naturais.
A chave, talvez, esteja em cultivar o respeito mesmo na intimidade e em educar o olhar para não deixar que o costume apague ou reduza o valor.
um segunda conclusão: "INTIMIDADE NÃO É FALTA DE RESPEITO NEM DIMINUI VALOR"
4o
Muito bom o texto, me fez refletir muito e as conclusões finais fecharam perfeitamente para uma reflexão.